Sneer e Lyla estam junto com outras tantas pessoas vasculhando as numerosas classes do segundo andar, numa atividade monótona e improdutiva pois até agora tinham encontrado todas desrtas, nenhum único mapa, giz, mesa ou cadeira: aquilo estava tão vazio quanto o cérebro de Meyer. O sol que entrava avassalador pelas largas janelas dando uma iluminação alaranjada ao local o transformava num inferno.
-Pelo menos não precisamos esvaziá-las – começou Sneer quando acabaram de verificar o óbvio, todas as salas estavam vazias. Subiram um andar sem muita esperança e Sneer sugeriu num tom de ordem:
-Vamos nos separar, devem ser umas 30 por aqui, se dividirmos o trabalho economizaremos tempo e voltamos a tempo para festa do nosso amigo. - Fazendo uma referencia a Johnny que foi respondida com alguns risinhos forçados.
Quando todos se afastaram rumo às respectivas tarefas, o garoto puxou Lyla para um dos cômodos vazios e fechou a porta. Planejava aquilo desde que a vira no campo, mas mesmo assim não sabia o que falar:
-Paraíso isso aqui hein! - A garota ainda olhava abismada para ele. Era tudo feliz demais, triste demais, confuso demais.
-Como?Como? O que você faz aqui? - Apesar de ter milhares de perguntas a fazer, a única desesperada que saiu da sua boca foi essa. Ela já não exibia o mesmo brilho no sorriso e o verde dos seus olhos estavam tristes.
-Eu dei um jeito, fiquei louco depois do verão, não aguentava ficar longe! - A qualquer momento ele explodiria, não conseguira planejar a emoção de estar ali com ela depois de tanto tempo. Segurou as mãos da garota que agora o encarava penosamente.
-As coisa mudaram, você sumiu e nunca mais entrou em contato! Não deixou nem uma merda de um bilhete! Eu não sabia o que fazer, o que pensar, fiquei arrasada! - A volta de todas aquelas sensações parcialmente esquecidas despertava o pior dela.
-Eu não pude, entenda! Mais tarde te explicarei toda a história, no momento apenas confie em mim, precisamos fugir disso aqui.
Eles se olharam pelo que pareceram décadas. Uma sensação que Sneer conhecia bem começou a tomá-lo. Mas aquela sublimação teve fim nas palavras de Lyla:
-Se você não quiser me odiar é melhor ir embora. - Lyla tentava se controlar e não descontar a raiva que renascera nela e que agora ardia tristemente.
Aquilo foi como um tiro no peito do garoto. Ele se virou cambaleante, sem direção com um único pensamento. “Não, eu nunca vou te odiar”, porém, de sua boca saiu apenas um:
-Tarde demais. - A frase fez os olhos de Lyla lacrimejarem, mas as lágrimas não foram suficientes para apagar aquilo que ardia em seu peito. Com a visão embaçada, observou o garoto sair sem rumo pela porta.Marcadores: Lyla, Snner, St. Jimmy
3 Comentários:
coisas estao se reveelando na hisotoriaaaa, boooom
Por Unknown, Às 25 de abril de 2009 às 20:21
Que lindo, uma história de amor no meio!!!
Por Caru, Às 27 de abril de 2009 às 05:26
*-*
Por Anônimo, Às 28 de abril de 2009 às 15:39
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