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33 - Homens, mulheres, homossexuais e homicidas
segunda-feira, 29 de junho de 2009


As horas até a festa se recusavam a passar. A agitação no dormitório feminino começou logo ao raiar do dia e agora, no fim da tarde, aquilo parecia um formigueiro desmantelado, com garotas correndo de um canto para o outro carregando estojos de maquiagem, chapinhas elétricas, vestidos emprestados, roubados, experimentados e re-expirementados tantas vezes que um deles chegou a rasgar violentamente, sem que no entanto a gorda proprietária não percebesse e saísse satisfeita com um buraco na altura das costelas.
O dormitório masculino estava deserto até uma hora antes do evento, quando os mais vaidosos começaram a chegar. As roupas escolhidas na maioria estavam amassadas e o banho chegava a ser dispensado por alguns. 15 minutos antes das 8, a maioria descansaçaava em suas camas, já prontos para a festa.
Um andar abaixo, somente Linda estava pronta, vesita uma camisa muito decotada, sobreposta uma jaqueta preta de couro e por fim uma calça também de couro muitíssimo apertada, a garota agora ajudava a irmã a arrumar o longo e e dourado cabelo.
Johnny apareceu 10 minutos antes das 8, mas não chegou nem perto do chuveiro, roupas limpas ou qualquer outra coisa que lembrasse a palavra higiene. Apenas avisou que tudo já estava pronto e fez questão de insultar os poucos atrasados.
8 e meia Fionna que decidira não ir à festa tentava por fim à bagunça desligando chuveiros e guardando maquiagens aplicadas pela metade.
Até Charlie já estava no campo meia hora após o marcado. Chegara a uma conclusão de última hora de que seria uma oportunidade imperdível para suas observações e decidiu comparecer em um desnecessário social completo.
Às 9 horas as primeiras garotas começaram a abandonar o prédio principal, entre elas Lyla que vestia um curto blazer por cima de uma camisa branca com botões abertos além do necessário. Os perfumes das damas da noite, fossem elas flores ou garotas, se confundiam enjoativamente.
Sneer estava nervoso, esperava que a festa fosse uma ótima oportunidade para desviar a atenção dos recentes assassinatos ou das inuteis buscas pela bomba. O suor começava a molhar-lhe a bem penteada franja assim como sua camisa listrada de laranja e rosa; sua calça verde-oliva começava a apertar-lhe a bexiga.
9 e meia quase todos estavam belos e despenteados no campo. O que aguçava a curiosidade de todos é que lá nada havia além de duas covas e muita grama. Quando a última garota chegou Johnny começou:
-Senhoras, senhores, homossexuais e homicidas – e ao dizer as duas últimas palavras sorriu para Sneer. - Não haverá festa.
Todos começaram a se olharem perplexos, com raiva daquela pegadinha que não tinha graça para ninguém se não o próprio Johnny que tornou a falar:
-Calma, é mentira, só queria ver a cara de vocês. Todos para o ginásio.
Em pequenos passos o burburinho começou e só cessou quando chegaram ao local destinado para a festa. Todos estavam pasmos, perplexos, fascinados, extasiados, abobalhados, ansiosos, temerosos, tensos, felizes, esperançosos. Estavam numa festa.
Numa mesa quilométrica havia inúmeros quitutes com bolos e bolachas de variadas e estranhas cores, formas e cheiros. Três geladeiras foram trazidas da cozinha e eram recheadas por líquidos desconhecidos em colorações psicodélicas. No teto holofotes cobertos por papéis coloridos se alternavam com a escuridão e davam uma iluminação alegre ao lugar. Caixas de som do auditório foram levadas até lá e tocavam uma música transendental. Johnny ainda falou antes que todos invadissem o local como formigas atrás de açucar:
-Eu não deixaria de provar a comida. - Sem exceção todos, famintos, se dirigiram até a gigantesca mesa; no entanto por mais que comessem e bebessem o suprimento parecia não ter fim. Johnny exibia um sorriso vencedor

Música - 99 Red Ballons - Goldfinger

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32 - Johnny e Sneer
sábado, 27 de junho de 2009


Os dias até a festa não tardaram a chegar. A chuva se aproximava do St. Jimmy com cada vez mais frequência, sem no entanto cair uma gota, tudo apenas um blefe do ceu. Assim como as ameaçadoras nuvens, Johhny passou a sair de seu selvagem escritório, devido aos preparativos para a grande noite, o garoto era visto por vezes na quadra, no campo, e na piscina; quando não lá estava, se encontrava com seus fiéis escuderos Andy Jordan e David Courtney, o primeiro sempre carregando seguramente consigo um pequeno e misterioso objeto metálico que já era alvo de comentários curiosos.
Diferentemente dos dias anteriores, na véspera da festa o trabalho havia diminuido, tanto que Johnny descasava feliz em sua rede, observando Lyla sumir em meio às árvores; a garota estivera estranha ultimamente, deveria ser culpa da lua cheia, julgou ele.

O intervalo que teria entre a saída da loira e a chegada de Andy era de apenas 5 minutos, precisava ter certeza de seus palpites, o viúvo se mostrara mais esperto que o desejável e não cairía em truques bobos.
Um quebrar de folhas secas anunciou o que ele esperava, levantou-se esperando ver Andy, mas era um colorido Sneer quem lá estava. A parte zombeteira de Johhny logo veio a tona:
-A que devo a honra de tão ilustre presença em meu humilde lar, madame? - A curiosidade era verdadeira, ele não tinha a mínima ideia, apenas vagos palpites.
-Queria compartilhar tão agradável presença. - Sneer também sorria, levantando uma das bochechas e cerrando um dos olhos, que desaparecia embaixo da franja de cabelos lisos e limpos.
-Ainda não enjoou dessa porra de ironia? - E riu fedidamente
-Ainda não enjoou dessa cara feia?
-Trate de dizer logo o que quer porque a merda da sua roupa está começando a me embrulhar o estômago.
Eles poderia continuar o duelo de gentilezas o dia todo, mas Sneer resolveu ir logo ao assunto:
-Deixe Lyla em paz. - Não era um pedido.
-Por que mesmo? - Johnny estava de pé, a poucos centímetros do colorido garoto.
-Tão logo o frio chegue, tão logo minha bondade passe, você irá precisar de mim, pra comer, para dormir. Seria uma pena se eu estivesse indisposto. - Seus olhos agora estam colados nos de Johnny, faíscas chegavam a saltar, a adrenalina subia a sua cabeça. Num rápido movimento o pálido rapaz inclinou a cabeça para frente, Sneer aguardou o golpe, mas tudo que ganhou foi um barulhento e molhado beijo na bochecha. Em seguida Johnny falou:
-Eu durmo com as garotas.
- Isso, é o que veremos, fica o aviso. - Sneer ia se virando para sair, mas parou ao chamado de Johnny que tinha a mão estendida:
-Pegue, para dar sorte. - Em sua mão repousava um pequeno trevo de quatro folhas que foi prontamente agarrado e sucedido por um esclarecedor olhar. Confuso Sneer se foi.


Música: Old Friend - Rancid

Glue Girl - Download: http://rapidshare.com/files/249044622/05Nikola_Sarcevic_-_Glue_Gril.mp3.html

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31- Sneer e Lyla
quarta-feira, 24 de junho de 2009


Sneer estava na biblioteca, lá a Inteligência iniciaria outra busca desesperada pela bomba; lá ele retomaria a busca pelo coração de sua amada dos cachos dourados. Enfileirados como soldados, a sua frente cerca de 30 pessoas aguardavam ordens obedientemente, estas vieram num tom desesperançoso:
-Certo, dessa vez nada escapará a nossos olhos, certifiquem-se de olhar todos os livros, prateleiras , corredores e janelas. Dividam-se em duplas ou trios, escolham uma fileira e boa diversão!
Meyer, o usual parceiro de Sneer havia faltado - perfeito- pensou e antes que Lyla pudesse se afastar agarrou-a pelo ombro, a garota virou-se assustada:
-Se importa de me ajudar? Meyer não apareceu e acabei ficando sem dupla. - Ele precisava ser convincente, já que não mantinha um diálogo decente com a garota desde o primeiro dia.
A loira ficou de olhos baixos e depois de um certo tempo pensando disse no seu mais meigo tom de voz:
-Claro, para qual prateleira nós vamos?
-Pouco importa. - A ansiedade crescia dentro dele, o resto já não fazia mais tanto sentido.
Caminharam errantemente por prateleiras já ocupadas, até que encontraram uma deserta; se tratavam de entediantes livros de química. Para a surpresa de Sneer, foi a loira quem falou:
-Você não quer só livros de química, não é mesmo?
-Não, serei direto. Você mudou – era uma afirmação – quando nos conhecemos você se importava mais com as pessoas que se importavam com você, dava mais valor aos amigos. - A reação da garota foi exatamente como ele esperava, seus olhos ficaram desfocados sinal de que ela se recolhera dentro de si mesma, tentando recordar um ano em poucos segundos, por fim falou:
-Os amigos continuam a ser a coisa mais importante para mim, mas não são a única, eu preciso viver também. Cansei de ser o exemplo, de fazer o que os outros acham certo.
-Você está se afastando, de sua irmã, de mim. Desde que começou a sair com esse Johnny Fun parece que não te conheço mais. - Ele exibia sua melhor cara de coitado.
-Nós conhecemos Johnnys diferentes, você não entenderia, pelo menos não por enquanto. - Lyla havia pensado muito nisso. Os corpos dela e de Sneer estavam muito próximos, o garoto levou seus dedos delicadamente às douradas madeixas acariciando-as e exibindo um leve odor de menta em sua boca disse:
-Faça-me entender. - A qualquer momento, pensou o garoto já de olhos fechados.
-Não – e Lyla se afastou – Não posso, me desculpe, tenho que ir. E se foi, abandonou a fileira onde estavam, e logo depois a biblioteca, deixando Sneer sozinho, com um grande vazio no peito e uma solitária lágrima serpenteado por suas bochechas até cair tristemente no chão.


Música: Glue Girl - Nikola Sarcevic

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30 - Charlie
domingo, 21 de junho de 2009


“Ociosos e filinhos-de-papai se confundem, passando grande parte do tempo na piscina tomando sol ou no salão de jogos. O segundo grupo se destaca pela arrogancia de patricinhas e mauricinhos extremamente vaidosos, fofoqueiros e fúteis; são obcecados por esportes, os homens por praticá-los e as mulheres por aqueles que praticam. Aqui temos Samantha Van der Borre, uma loira de olhos verdes muito bela e rosada; nos garotos Davi Summerman, um rapaz inteligente e muito bom jogador de futebol.
-Espere, temos 2 Davis? - A voz o interrompeu.
-Na verdade um é Davi ou David. - Charlie suava.
-Nenhuma história traz duas pessoas com o mesmo nome, mas continue.
-Os excluídos ficam em seus cantos, não interferindo em nada; são extremamente influenciáveis e se sentem apreensivos com a menor indicação de que serão requisitados. O melhor exemplo é Meyer Leyer, o burro de estimação de Sneer Aleksander.
“ Agora o grupo mais interessante e inteligente: os politizados. Inicialmente o Curinga detinha o poder, ainda que ilusório na minha opinião – uma mão agarrou mais firmemente seu braço mostrando a Charlie que sua opinião não valia nada, eles só queriam os fatos, sem interpretação alguma – No entanto, a falta de resultados na busca da bomba causou a aparição de anarquistas, liderados por Jhonny Fun, ou Bryan Gates para os mais íntimos, dentre esses , poucos são conhecidos; temos David Courtney e recentemente Andrew Jordan.
Do lado feminino, se estrutura uma interessante disputa pela liderança das outras fracas e medíocres garotas, tendo Lyla, sua irmã Linda e Fionna Strong como principais concorrentes ao posto.
A divisão anteriormente estabelecida por Sneer vem ruindo, com sorte ainda teremos o “Estado” - E deu uma risada nervosa.
O comum entre todos eles é a confusão interna em que se encontram: dividos entre sair daqui com vida ou viver intensamente estes que podem ser seus últimos dias. A festa anunciado pelo inconsequente Johnny Fun, muito ansiada, deve trazer uma reviravolta no quadro social do St. Jimmy.”
Se as luzes não estivessem apagadas e a sala mergulhada na mais profunda escuridão, quem ali estivesse teria visto o quanto a falta de fôlego, o nervosismo e o calor tinham deixado Charlie vermelho e suado.
-Obrigado, em breve nos veremos de novo, agora levem ele.
Duas mão agarraram-no firmemente e o atiraram para fora; estava no terceiro andar. Uma vez livre saiu correndo errantemente e sem ousar olhar para trás.


Música: Society - Pennywise

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29 - Linda e Fionna
quinta-feira, 18 de junho de 2009


Linda teve frustrada sua tentativa de encontrar Johnny, o garoto aparentemente tinha assuntos mais importantes a tratar. Ela ainda se questionava se era certo o que vinha fazendo, obviamente ele iria tirá-los dali, mas Sneer merecia ser alertado, deveria seber da verdade, caso contrário a ordem que ele tentava manter seria cada vez menos respeitada por ali.
Ordem essa que vinha tirando o sono da ruiva: uma craciófila, paranóica e extremamente forte garota exigia cada vez mais o perfeccionismo no dormitório feminino: nada de chegar depois das nove, apenas quinze minutos para cada uma no banheiro, nada jogado, nada fora do lugar, bagunça alguma era tolerada; as punições iam de privações maldosas a ameaças de surras inesquecíveis.Conforme o tempo passava, mais regras inuteis e absurdas eram adicionadas à lista da ogra.
O tempo lá fora começava a melhorar, os pássaros cantavam duvidosamente sua melodia matinal. Linda resolveu subir até o dormitório feminino para apanhar uma jaqueta, passou pelo pomposo hall de entrada encarando sem dó aqueles que ousassem, ou não, olhar para ela, nem os quadros despreocupados na parde escaparam de sua raiva que produzia o maior barulho possível. Chegando ao sexto andar deu de cara com a pesada porta de mogno trancada, intransponível. Esmurrou, chutou, chingou, cantou, respondeu enigmas e explodiu, mas o único resultado disso tudo foi o aparecimento de Fionna, que informou numa voz grossa demais para uma mulher humana:
-Está trancada. - Tinha uma expressão vencedora.
-E Papai Noel não existe, agora me conte algo que eu ainda não saiba. - Paciência era algo tão inexistente para a ruiva quanto compostura para Johnny ou cérebro para Meyer.
-Não devemos ficar no quarto durante o dia, vamos aproveitar o dia e espantar a desordem do dormitório feminino.
-E desde quando, – A raiva saia de sua boca como água de uma torneira muito aberta – você decide isso?
Mas Fionna mantinha a expressão de impassibilidade:
-E desde quando, eu não devido? - A ogra se agigantou para cima de Linda, dando a impressão de ter dois metros de altura, braços mais grossos que suas pernas, uma cara muito feia, um espaço muito grande entre os dentes e um odor de Meyer debaixo de um quentíssiomo sol, entretanto isso ainda era pouco para intimidá-la. Num rápido golpe Linda empurrou Fionna escada abaixo, gerando o estrondo de um raio muito próximo. A ruiva desceu olhando sem dó o resultado de sua raiva descontada; já não sentia mais tanto calor.
Lá no alto, Charlie fotografava tudo com sua memória sagaz.


Música: Girl all the bad guys want - Bowling for Soup

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28 - Lyla e Sneer
terça-feira, 16 de junho de 2009


Sneer foi acordado por Lyla; ao abrir os olhos pensou ainda estar no mais belo de seus sonhos e mesmo conciente murmurrou numa voz arrastada:
-Só mais 5 minutinhos.
A garota teve dificuldade portanto em sua missão e só obteve sucesso após um vigoroso chacoalhão, com o qual veio de brinde a usual ironia:
-O problema de ficar bêbado, é que você esquece tudo de bom que fez a noite passada – e sorriu carinhosamente, do mesmo modo que seus dedos passaram pelos fios dourados da garota aparentemente inatingível; num tom formal ela desviou o assunto que tomava rumos indesejáveis:
-O problema – frisou essa parte- é que tivemos mais uma morte, no bosque dessa vez. - Nem o relato de tão tristes fatos fazia a loira expressar qualquer tipo de sentimento, mas mesmo que o tivesse feito, Sneer não estaria percebendo pois tirava descaradamente uma discreta meleca do canto do olho enquanto suas engrenagens o encaminhavam para o óbvio:
-Jhonny. - Seu olhar, agora limpo, era triunfante.
-Não, Little Yuki uma garota pequena com um corte na garganta.
-Johnny a matou, tá na cara! Ontem o dedo dele sangrava e todo mundo sabe que ele vive no bosque, é 2+2!
-É óbvio demais – ela não parecia ter pensado naquilo pois começava a morder o lábio com tanta força que quando voltou a si eles estavam dormentes e Sneer já saira em direção ao banho, trajando só uma cueca amarela e gritando “Eureka” para quem quisesse, ou não, ouvir.


Música: Santeria - Sublime



27 - Andy e Johnny
sábado, 13 de junho de 2009


Antes das dez horas a notícia da morte da garota já havia se espalhado por todo o St. Jimmy e só agora o céu, nublando, parecia concordar com o sentimento que afligia à todos . No entanto, as árvores impediam que Johnny e Charlie vissem isso, os dois conversavam:
-Ok, isso é a porra toda que você tem?
-Meyer fez xixi na cama de novo, mas não achei isso importante – antes que houvesse resposta contudo, outro garoto apareceu no bosque; era alto, corpo perfeitamente esculpido, como um Davi de Michelangelo, cabelos negros e cacheados, nariz grande e olhos espertos:
-Johnny, Andrew Jordan quer lhe ver. - A menção desse nome causou um ligeiro nervosismo em Charlie.
-Ok, mande entrar David, já terminamos aqui.
Imediatamente Andy saiu de trás de uma árvore, uma lufada de ar fez as folhas farfalharem, o garoto manteve os olhos fixos em Charlie até que esse saísse de seu campo de visão. Johnny tomou a palavra para si, como tão bem fazia:
-Mais um a me culpar pela morte da garota? – tinha uma elegancia britânica em seus modos e sua voz, até o sotaque fazia parecer que estava com uma grande batata em cada uma das bochechas – Ela era sua namorada, não?
-Não – Andy esperava que a resposta servisse para as duas perguntas, Johnny apresentava um ar interessado, como se os problemas daquele fossem a coisa mais importante para ele. - Tenho um acordo para propor.
-Todos tem, me fale mais.
-Sneer está perdido, e creio que se alguém não está é você. - Ele esperava que o elogio ajudasse, mas Johnny estava achando tudo aquilo apenas mais um jogo divertido.
-Na verdade, ser a oposição é sempre mais fácil. Você nunca precisa realmente provar se tudo o que diz é verdade, mas supondo que seja, o que tem a me oferecer? Espero que não seja o que estou pensando, porque gosto de mulher. - E riu como somente ele sabia fazer.
Andy tirou um objeto do bolso que fez a risada parar de súbito e os olhos de Johnny brilharem como os de uma criança no Natal. Sua feição mudou radicalmente, agora estavam fazendo negócios:
-Sente-se, temos muito a conversar.
-Pensei que tivesse uma festa a organizar. - Era a vez de Andy se divertir, ele tinha a vantagem.
-Minha crianças cuidam disso, agora aos negócios.

E um trovão anunciou ao longe o que estava prestes a acontecer.

Música: Johnny Be Good - Chuck Berry

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26 - Lyla e Andy
quarta-feira, 10 de junho de 2009


Little e Andy estavam juntos, ela vestia um vestido muito branco e ele um elegante terno preto; se fitavam apaixonadamente e sem pressa alguma, ali seus problemas pareciam sumir. Suas cabeças foram sincronizadamente se aproximando, ele fechou os olhos aguardando o iminente beijo, mas este nunca veio. A pequena começou a gritar numa voz esganiçada e desafinada, o que o fez sentir-se culpado.
Andy acordou lentamente e viu um garoto sair correndo aos gritos do campo. Demorou para perceber o que acontecera, onde estava e porque se sentia daquele jeito, tão culpado, tão podre, tão triste.
Levantou-se. Estava sujo, terra, suor e sangue se fundiam num pouco agradável resultado, mas ele não parecia se importar. Caminhou mecanicamente até o prédio principal, tentando alienar-se da alegria dos pássaros que cantavam ou do sol que começava a banhar-los preguiçosamente; no meio do caminho encontrou a meiga Lyla com um desacordado Myer em seus braços. A garota logo se mostrou preocupada:
-O que houve? Você está bem?
-Não, nem um pouco – ele tentava se manter forte – Temos, temos mais uma morte. - De preocupada a feição de Lyla tornou-se temerosa e vazia, mordeu a parte inferior dos lábios e arregalou os olhos sem no entantou olhar para lugar algum se não para dentro de si mesma. Andy prosseguiu falando mais para si mesmo do que para a abstraída garota dos cabelos cor d'ouro. - Little Yuki, ontem no bosque. Fomos atacados por trás, nada pude fazer, desmaiei imediatamente e quando acordei lá estava ela, como um anjo, sangrando na garganta, já sem vida.
Lágrimas doces começaram a correr pela face de Lyla, Andy no entanto se mostrava incrívelmente forte:
-Já enterrei-a, avise a seu amigo Sneer. Vamos.
Apanhou sem muito jeito o inerte Meyer e carregou-o, acompanhando Lyla até o alvíssimo prédio principal. Lá em cima um garoto espiava pela janela, sem pensar duas vezes ele ergueu o dedo médio e passou pela porta a tempo de fingir não ver Linda saindo por uma das janelas.

Música: Tears in Heaven - Eric Clapton

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25 - Lyla
quinta-feira, 4 de junho de 2009


“Lyla estava no alto de uma grande rocha, de lá observava o mar amanhecido se chocar contra as pedras lá em baixo. O sol se escondia ainda tímido atrás de uma grandiosa nuvem. A garota pode observar um rapaz na praia- exatamente como ele prometera- pensou, fingiu se concentrar na música que ouvia, no baseado que fumava ou na ansiedade que a acometia e após longos e poucos minutos ele estava lá, virou-se e tudo havia sumido, nem mar ou sol, apenas fogo. Um gigantesco casarão em chamas iluminava o já anoitecido ceu. Passou a mão pelo pescoço e foi quando viu uma pessoa sair das chamas, carregando outra em seus braços heróicos. Se aproximou e tudo pareceu cessar: o fogo, o calor e o medo. Não havia mais nada além de um corpo estendido, sangrando sem vida, uma garota cujas lágrimas nunca mais tocariam o solo do St. Jimmy, surpreendentemente seus olhos se abriram, fazendo o coração de Lyla acelerar. A garota chorosa desenterrou firamente a faca do estômago e numa voz tão assutadora quanto o vento ziguezagueando por entre as árvores de um cemitério numa noite gelada disse:
-A culpa é sua, agora terá que pagar!
Lyla tentou sair correndo, no entanto suas pernas já não respondiam mais, seus braços permaneciam imóveis. Num rápido movimento agressivo com a faca Lyla foi atingida, foi quando acordou. "
Respirava ofegantemente, batimentos acelerados e olhos arregalados, desacostumados à escuridão. Ficou um bom tempo absorvendo aquela imagens, olhando desfocadamente para o teto escuro, até que resolveu levantar-se e sair dali. Tentando ter a maior discrição possível, pegou o paletó dado por Johnny no primeiro dia para proteger-se do frio matinal e passou porta a fora. Desceu um andar, estirou-se numa das confortávei poltronas e lá ficou. Ao colocar suas mãos num dos bolsos encontrou um papel e uma caneta já esquecidos, observando a primeira com mais atenção viu estampado em marca d'água o brasão do St. Jimmy; cheio de contornos, espirais, voltas e revoltas que iam e viam e tornavam a ir, embaralhando a mente e a visão, como finos fios caprichosamente embaralhados pelo acaso. No meio havia o que parecia ser um enigmático escorpião e uma misteriosa cobra. Seus olhos permaneceram estagnados, mas seu pensamento vagava desordenadamente por Sneer, Johnny e Linda, tudo tinha tudo para dar errado, por isso talvez desse certo.
Foi tirada de sua viagem por um rangido e quando olhou por entre os ombros viu um Meyer estranhamente assustado sair desembestado e desengonçado escada abaixo. Sem pressa e com sua sempre presente meiguice, tomou o mesmo rumo.
Desceu os degraus restantes até o terreo, passou pelo hall de entrada e saiu pelo caminho cimentado, sendo atiginda por uma chicotada de vento frio. Chegando a até então intacta cantina viu que tudo estava ainda uma bagunça, estranhamente, ninguém parara ainda para arrumar ou para fazer qualquer outra coisa por ali, decidiu ser a primeira.
Alguns papéis e canetas estavam jogados no chão, mesas caídas e cadeiras viradas. Enquanto pacientemente desfazia a confusão pode observar mais de perto que as folhas espalhadas, assim como as canetas desprezadas eram exatamente iguais às que ela trazia no bolso e tão diferentes das que estavam na secretaria e nos arredores. Estranho, julgou; o diretor pegar coisas da cantina, talvez fosse algo de última hora ou algo singular daquele robô maluco, ou talvez não fosse o robô, talvez....
E as coisas começaram a fazer sentido, muito diferente do Meyer que vinha correndo como uma ambulância e sua barulhenta sirene que ao chegar teve tempo apenas de dizer:
-Corram, para as montanhas. - e desmaiar.


Música: Lyla - Oasis

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24- Fionna Strong
quarta-feira, 3 de junho de 2009


Fionna Strong acordou ao ouvir passos, ao contrário do resto de seu corpo, seus ouvidos não dormiam. Com um olho meio aberto viu uma garota loira se levantar com precaução e leveza para não acordar ninguém, falhara. Obsrrvou-a se se levantar e sair do dormitório, depois tornou a fechar os olhos, mas não dormiu novamente. Seu sensor aranha lhe indicava que havia algo de errado por ali, acertara. Um garoto tarado espiava por uma fresta que Lyla deixara ao sair, Fionna se levantou e com um jeito que não era típico dela foi até a porta sem acordar ninguém e nem deixar que o garoto percebesse seus movimentos pesados, na hora certa surpreendeu-o.

Seus olhos muito grandes e contornados por grossas sombrancelhas fuzilavam um assustado Meyer, seu nariz de porco respirava furiosamente e sua boca com dentes tortos não demorou a abrir-se:
-Filho-da-puta! - A voz ecoava como um trovão, mas surpreendentemente parecia não ter acordado ninguém, Meyer disparou escada abaixo. Ela já ia voltando para sua quente e confortável cama quando outro garoto passou por lá. Algo acontecia debaixo de seu real nariz suíno e ela descobriria o que era.
No andar de baixo ficou observando Charlie observar Meyer observar Lyla. Gemeu e todos ouviram, fazendo com que o segundo descesse muito mais rapidamente que suas pernas pareciam aguentar, Lyla foi atás, mas Charlie tornou a subir. O mesmo fez a ogra, tentando não ser vista e entrou de volta no dormitório feminino. Da janela próxima a sua cama ficou assistindo Meyer sair em direção ao campo e Lyla parar na cantina, procurar e achar algo lá. A loira apanhou vários papéis do chão iguais aos que tinha na mão, porém parou na metade do caminho ao ouvir um grito esganiçado, logo depois Meyer apareceu desesperado e desmaiou. Fionna assistia a tudo como se fosse seu filme predileto, tanto que nem viu a barulhenta Linda sair chingando pela porta.

Música: Under the knife - Rise Against