A voz de Linda fez com que o casal se levantasse sincronizadamente. Sneer estava pronto para fazer despertar o artista que havia dentro dele; Sofia, no entanto, não tinha tanta certeza que aquilo tudo era encenação.
Ouviu a ruiva se aproximar, à passadas firmes que faziam a grama gemer, e empurrar Sneer de volta para o banco, onde o garoto ficou obedientemente assistindo à conversa:
-Então era esse o fim que você daria? - a vermelhidão de seus cabelos se espalhava por todo o corpo.
Sofia calou-se por alguns instantes. Estava atordoada. Sentia por Linda uma paixão explosiva, e além do mais havia prometido para a garota que o caso com Sneer não passava de um favor para o irmão. Contudo agora, ela já não estava mais tão certa disso, estar com ele a fazia sentir-se segura em meio àquele caos. Foi o que tentou explicar:
-Eu já não sei mais! Gosto de você e gosto de Sneer... – e apontou para o rapaz que parecia se divertir, para ele aquilo tudo não passava de encenação. - eu não quero ter que escolher, eu quero viver! - conforme falava a morena ia ficando cada vez mais pálida.
Ao ouvir aquelas palavras Linda entrou em choque. O filme se repetia: confiara em alguém, se apaixonara por alguém e essa pessoa frustrara seus sentimentos em tempo recorde. A única diferença é que dessa vez fora trocada por um homem. Indignou-se:
-Eu deveria saber, é mal de família! Maldito o dia em que esses malditos portões se abriram malditamente!
Sofia ficou sem ter o que falar, mas nem precisou, uma voz desdenhosa veio colaborar para a impaciência de Linda:-As coisas não estão dando certo, Lindinha? - a face feia de Fionna surgiu atrás de Sneer que tornou a se levantar assustado.
E assim terminou o primeiro ato. Sem que se soubesse quem interpretava e quem vivia.
Música: Before The Lobotomy - Green Day
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