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65 - Johnny, Andy e Charlie
terça-feira, 3 de novembro de 2009


-Eles vão esquecer, sempre esquecem – explicava Johnny – quando se faz merda é só dar um tempo que ninguém mais vai lembrar. Relevarão as coisas boas que você fez e perceberão que todo mundo erra. Ai precisam de você e vêm correndo te procurar. As coisas vão mudar, sempre mudam, ai minhas crianças precisarão de mim. Até lá é bom deixar eles pensarem que estão no comando. Ralar o joelho as vezes faz bem.

Andy ouvia sem muito interesse. Brincava com a barba que tomava conta de sua face. Já fazia duas semanas que comia mal, dormia mal e não tinha qualquer contato com o resto da escola. Preso nas profundezas daquele bosque, a vingança, pura e venenosa, começava a tomar conta de seu sangue e de sua cabeça cada vez mais intensamente. Estava tão cego que nem percebeu que Johnny parara de falar. Somente quando os passos incertos tornaram-se nítidos é que ele voltou à realidade. Olhou para o garoto pálido que já estava pronto para atacar o possível visitante. Posicionou-se também.

Quando a cara mediocre de Charlie apareceu o Johnny saltou determinadamente para cima dele, derrubando-o e festejando:

- Hey Charlie! You're the banana king!- comemorava enquanto o menino sentava-se assustado – como nos achou seu grande merda?

-Os pássaros estavam sobrevoando essa área da floresta, imaginei que vocês tivessem matado algum animal para comer e a carcaça ficou largada, atraindo os abutres – explicou-se.

- Você é esperto – concordou Johnny – mas não matamos nada. Temos comido apenas frutas, será que você não consegue arrumar alguma coisa pra gente?

Charlie abriu a mochila e de um bolso tirou alguns cereais, salgadinhos e bolachas. De outro tirou um pacote, que julgava conter maconha, e uns isqueiros:

- Isso foi o que Sneer deixou sobrar de seu estoque – relatou.

- Charlie! - gritava Johnny visivelmente feliz; voltando a si concluiu – aquele maconheirinho safado – havia carinho em sua voz – e Lichba, como vão?

-Vamos bem, mas ela tem um recado: roubaram o elemento X. Ela está desesperada, se culpando.

-Isso é sério – de repente a alegria de Johnny se esvaíra – mas fale que não é culpa dela. Quanto a você, fique de olho, cinco alunos podem não acordar qualquer dia desses.

Charlie e Andy se assustaram com a previsão. Johnny tinha o péssimo hábito de acertá-las. Percebendo o temor que causara, o garoto resolveu mudar o assunto:

-E os cinco mosqueteiros, como vão?

-É... na verdade os mosqueteiros eram três. Mas parecem bravos com você de qualquer jeito – revelou.

-Cinco, três. Dois números ímpares, primos e fazem parte da sequência de Fibonacci; todo mundo confunde – isso no entanto, não era bem verdade. Acendendo um cigarro voltou sua atenção para o assunto importante – um dia eles entenderão que os fins justificam os meios – deu uma tragada melodramática – Maquiavel disse isso.

- Na verdade ele não disse – corrigiu Andy.

-Pois deveria, é algo muito sensato a se dizer – e continuou a se divertir com o cigarro, como um gato com um novelo de lã.

-Tem mais uma coisa – anunciou Charlie – vai ter uma festa. Não sei onde, nem quando, é tudo segredo. Somente quem descobrir o local e a hora pode ir; na escola está cheio de pistas, como trevos e bandeiras verdes e azuis. Ninguém entende nada.

- Se eles quiserem esconder a festa é só ir pra a biblioteca – e Johnny ronronou como não fazia há muito tempo. – Quem está organizando?

- Linda, Sofia e Sneer.

- Que dia é hoje?

- 31 de março. Seis horas da tarde.

-Tem uma pedra que é o ponto mais alto dessa escola. É o único ponto do St. Jimmy do qual se pode ver a praia. Nos vemos lá daqui doze horas.

Nenhum dos dois ousou dicutir. Charile ainda deu um relato detalhado do triângulo amoroso entre Sneer, Sofia e Linda, da intensa variação de humor de Lyla, de como o resto dos alunos ainda estavam apavorados com a ameaça falsa da bomba e como levavam suas vidas miseráveis e previsíveis. Quando o menino finalmente voltou para o prédio principal Johnny desabafou:

-Ela me ama. - e deu mais uma tragada no cigarro.


Música: Big Yellow Taxi - Pinhead Gunpowder


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