Linda olhou aliviada para irmã enquanto se afastavam de Johnny. Sofia evitava ela e Sneer simultaneamente, provavelmente precisaria de um tempo para assimilar tudo que acontecera no bosque. Ela mesma ainda não tinha certeza do que se passara, mas sabia que aquilo abalaria a todos por um bom tempo. Agora no entanto, estavam exaustos e necessitavam urgentemente de um bom banho e uma longa noite de sono. Lyla ainda estava agitada. Tentava ignorar todos ali, fechar-se em sua prórpria cabeça. Entretando tinha consciencia que mais cedo ou mais tarde toda aquela história teria que ser devidamente narrada. Não tinha raiva de Johnny; o garoto apostara sua vida, porém tudo que conseguia sentir era uma imensa sensação de liberdade, como se um peso tivesse sido tirado de suas costas e ela agora pudesse voar irrestritamente. Foi até Meyer e deu-lhe uma doce bitoca nas bochechas que imediatamente tornaram-se incrívelmente rosadas. O garoto não esperava o beijo e sentiu-se imensamente feliz. Em momento algum deu-lhe a menor conotação sexual, o que certamente teria feito se a situação fosse outra. Não, pela primeira vez em sua vida sentia-se querido por alguém que não tivesse 60 anos a mais que ele. Ele tinha amigos. Repassou seus atos temendo desgostá-los contudo em momento algum se arrependeu do que havia feito. Sofia não tinha pressa em seus passos, por isso ficou ligeiramente atrás do resto do grupo. O que Sneer havia dito naquela noite a intrigara. Ela se dedicava demais ao seu irmão, deixando de viver a própria vida, acreditando que Johnny era o certo a se seguir. Sentiu-se como uma crente estúpida, mas foi preciso muita força para conseguir abandonar seu deus. Quando os passos cansados cessaram e o grupo chegou ao prédio principal Linda anunciou: -Não sei quanto a vocês, mas eu preciso fodidamente de um banho e uma cama. Alguém me acompanha? Meyer e Lyla a seguiram calados. Sofia no entanto resistiu: -E Johnny? Ele não parecia nada bem... -Realmente ele é um bebe – retrucou Sneer irritado – quem vai preparar a mamadeira dele? Todos riram a contragosto. O assunto Johnny Fun, ou Gavin Gates, era algo a ser esquecido, e por mais difícil que parecesse, intimamente ninguém ousava discordar disso. Como se a situação estivesse resolvida e sem mais nada a dizer, os quatro subiram as escadas com destino ao sossego dos respectivos dormitórios. Sneer no entanto tomou outro rumo, alegando ter um último problema para resolver. Recebeu alguns olhares desconfiados, mas em poucos minutos o quarteto sumiu, se encaminhando para suas quentes, confortáveis e cobiçadas camas.
1 Comentários:
Muuuuuuuito bom
Por Anônimo, Às 10 de outubro de 2009 às 18:56
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