-Johnny! Johnny! - chamava Andy sem no entanto obter resposta satisfatória. Já fazia cerca de uma hora que o garoto saíra atrás de Lyla e desde então não dera mais sinal de vida. O sol já nascera e, cercado por algumas nuvens, se impunha no céu. Quando Andy chegou a conclusão que Johnny não estava mais no rochedo foi até Sneer e Sofia que ainda eram uma só imagem: -Veja Sofia, Papai Noel chegou mais cedo esse ano! - alegrou-se o garoto enquanto apontava o dedo magrelo para Andy. -Não seu birutinha! Papai Noel não existe, ele é o Vovô Noel.- corrigiu a garota. Foi o suficiente para que a dulpa caísse na risada. Andy irritou-se, sua paciência escapava com cada vez mais facilidade: -Será que vocês poderiam pelo menos se vestir? -Mas eu estou vestido - lembrou Sneer – vestido com amor. Os dois tornaram a se enroscar num barulhento beijo. Andy virou a cara evitando a cena constrangedora. Ocupou-se recolhendo as mochilas espalhadas pela rocha e só voltou quando os ânimos do casal se acalmaram. Teve uma ideia: -A festa de Natal já começou, vocês não vão vir? Sneer levantou-se de imediato, intrigado com aquilo: -Festa de Natal? Vamos Sofia? Ainda sorrindo de satisfação, Andy ordenou: -Me sigam. -Siga o Vovô Noel – exclamou a garota. Andy foi na frente, conduzindo os dois de volta para o prédio princiapl. Não foi um trajeto fácil, mas não era difícil se achar graça nele. Como por exemplo quando, dando-se conta de que ainda estava nu, Sneer alegrou-se: -Olha Sofia, somos hobbits! - apontou para o peito do pé. -Somos hobbits indo para a festa de Natal! - completou a garota numa voz artificial. Provavelmente essa era uma habilidade de família. As coisas não melhoraram depois disso. Constantemente eles se distraíam com borboletas ou outros insetos e até mesmo com coisas que não estavam ali: -Eu vi um Pikachu! Lá naquela árvore – contou Sneer para Andy. Este ainda se incomodava com o fato daquele estar nu e somente disse: -Temos que correr, não podemos nos atrasar. Andy perdeu as contas de quantas vezes essa frase foi necessária. Aliviou-se quando as árvores começaram a cessar. Atravessou o campo, onde a plenitude dos olhares se concentravam neles. Incrívelmente duas pessoas nuas e saltitantes chamavam a atenção. Aonde esse mundo iria parar assim? Ao passar pelo refeitório Andy parou Charlie e Lichba que saíam de lá: -Drogas – explicou ao constatar a indagação tangível. O fato de Sneer perguntar a todo momento onde estavam as renas e os duendes não ajudava muito, mas a explicação do garoto músculoso pareceu ser suficiente para que ele pudesse tornar a falar: -Por acaso vocês viram o Johnny? -Por acaso ele está na enfermaria – Charlie narrou o acontecido e o trio foi na direção do destino indicado. Subindo as escadas encontraram Johnny fumando, largado, com menos cor ainda que o normal, numa poltrona. Deitada numa cama próxima a ele estava Lyla. O garoto riu ao avistar o casal: -Pena que ela é minha irmã. Andy ousou olhar para Sofia que cheirava Lyla. Os olhos se demoraram mais que ele havia planejado. Sneer inquietou-se: -Então você é um duende também? - perguntou para a loira. Andy e Johnny decidiram por ignorar o casal: -Cadê Linda? - perguntou o segundo menino. -Deve estar chapada por aí, logo aparece. -Merda, isso pode ser perigoso. -Ela se vira melhor que nós dois juntos. -Não chapada...- porém Johnny foi interrompido por um resmungão: -Parem de me lamber. Sofia parou imediatamente
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